Quão fundo é este mar que tantas despedidas leva?... Para quão longe fogem as breves memórias de felicidade?...Mergulho de cabeça e apavoro-me quando vislumbro o fundo…Pessoa nenhuma merece a perturbadora visão da sua existência…Nado contra as ondas(são tantas e tão fortes estas memórias)…Alcanço uma ilha perdida, e sinto-me em casa…Deito-me, na praia, resignado e sinto-me a afundar na areia…Respiro fundo e reparo que já parti há muito…murmuro para a noite: “Deuses…como desejo estrelas…”… tento alcançá-las, mas quanto mais tento…mais as perco…grito para o vazio, pois dói ter em mim tanto querer sem nenhum poder…Acordo, por fim, e debruço-me sobre as memórias, tentando negar que por mais que ame uma estrela nunca deverei tê-la… e pergunto-me o porquê deste pesadelo e apercebo-me, aterrorizado, que nem todas as pessoas merecem estrelas…pois nem todas conseguem ser maiores que as mais pequenas delas…Pois eu não nasci para brilhar com elas…mas toda a escuridão…é a ausência total de luz…Quer eu queira…quer não…
sábado, 1 de novembro de 2008
Um simples desabafo
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