Sonho a preto e branco
texturas desfiguradas
perdidas em ti…
Vejo prados cinzentos
Iluminados pela luz ofuscante
De um olhar vazio…
Ensurdece-me o nada
Que estas correntes preservam…
Uma voz agonizante percorre
A paisagem e vem morrer em mim…
A brisa torna-se em ausência
E acaba só…
As árvores dançam em meu redor
Celebrando, sempre, frias e distantes…
O impetuoso corvo pousa
Numa vedação antiga
E estende-me a sua asa…
Uma sensação de pesar
Percorre-me o peito…
Tento arrancar a dor
E caio de joelhos no chão…
O pulsar é mais fraco
O fim está próximo…
E quão belo é o requiem
Que toca agora incessantemente…
Quão grande é a extensão
Desta perfeição...
Quão doce é o desassossego
Da misantropia…
Caio sobre as costas,
E largo a espada…
Caiu o escudo e
Fiquei mais leve…
Eternamente perdido
E para sempre encontrado
Em mim…
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