segunda-feira, 15 de junho de 2009

Se conseguisse falar sem ser por metáforas...

"Rita, como vês estás sempre presente. É como a ligação entre nós, que receei nos continuasse a prender. Volto a ver-te, e no fundo espero cada dia. Mas há-de existir um momento em que todos partirão e tu continuarás viva. Despertaste qualquer coisa em mim, tens de criar o que e teu!
Pensei há pouco que tornava a ver-te. Talvez não. Não sou capaz de dizer o que devia confessar-te: é que estou contigo sem te tocar, desde sempre e até ao fim. Ando à tua procura, será que te encontro? Estou aqui. Sou diferente, a minha pele mudou mas conserva o teu cheiro, mudei de ódios (já não me importo com os betos da escola), estou a pouco e pouco a ganhar gosto à vida, mas não te esqueço. será que me recordas? Lembras-te, como eu, do mais pequeno pormenor da casa do Meco? ou deixaste mergulhar tudo no silêncio da tua partida, na desordem da tua morte? ficou um fio da nossa vida na tua memória?"

Daniel Sampaio in Tudo o que temos cá dentro

1 comentário:

Rita disse...

Mt bonito mas mt mau!Ai os amores e os desamores, só nos trazem ciclones do "eu", uma chatice!