quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Antichrist (2009)

Não há palavras para descrever este filme...
Vejam este trailer...
Vi o filme e fiquei colado a olhar para os créditos...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Syd Barrett - Dark Globe

Esta música é simplesmente fantástica...(os placebo têm uma boa cover)
Este senhor é absolutamente fantástico...Para quem não conhece, Syd Barrett foi o primeiro vocalista dos Pink Floyd...Saiu da banda apenas dois anos da formação dos Pink Floyd...Problemas com consumo de drogas, divergências critativas etc...Syd foi-se retirando do mundo da música aos poucos, embora tivesse feito uma breve carreira a solo editando dois álbuns idiossincráticos mas bastante considerados The Madcap Laughs (1970) e Barrett (1971).
Note-se no entanto que isto não é música para todos os ouvidos...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Plácidas 6as feiras...

São 17:00 e já está a escurecer...Gosto disto no Outono...O meu terraço é brutal para olhar para a serra, fumar cigarros e ouvir David Bowie...isto esteve no repeat nesta sexta à tarde, dia 11 de dezembro de 2009... Um dia que começou claro e acabou "!"...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Noites em que doem canelas...

Estava eu no NL e alguém me dá isto para ler...



Os meus contemporâneos falam muito
e dizem: "Então é assim",
com o ar desenvolto de quem se alimenta
do som da própria voz, quando começam
a explicar longamente as actuais tendências
das artes ou das letras ou das sociedades
a pouco e pouco iguais umas às outras
neste primeiro mundo em que nascemos,
agora que o segundo deixou de existir
e que o terceiro, mais guerra, menos fome,
continua abstracto, em folclore distante.

Parece que está morta a metafísica
e que a verdade adormeceu, sonâmbula,
nos corredores vazios onde, às escuras,
se vão cruzando alguns milhões de frases
dos meus contemporâneos. Todavia,
falam de tudo com o entusiasmo
de quem lança "propostas" decisivas
e percorre as "vertentes" de novos caminhos
para a humanidade, enquanto saboreiam
a cerveja sem álcool, o café
sem cafeína e sobretudo
o amor sem amor, pra conservarem
o equilíbrio físico e mental.

Os meus contemporâneos dizem quase sempre
que não são moralistas, e é por isso
que forçam toda a gente, mesmo quem não quer,
a ser livre, saudável e feliz:
proíbem o tabaco e o açúcar
e se por vezes sofrem, tomam comprimidos
porque a alegria é uma questão de química
e convém tê-la a horas certas, como
o prazer vigiado por preservativos
e outros sempre obrigatórios cintos
de segurança, pra que um dia possam
sentir que morrem cheios de saúde.

Quando contemplo os meus contemporâneos
entre as conversas trendy e os lugares da moda,
"tropeço de ternura", queria ser
pelo menos tão ingénuo como eles,
partilhar cada frémito dos lábios,
a labareda vã das gargalhadas
pela madrugada fora. No entanto,
assedia-me a acédia de ficar
assim, mais preguiçoso do que um Oblomov
à escala portuguesa - ó doce anestesia
a invadir-me o corpo, a libertar-me
desse feitiço a que se chama o "espírito
do tempo" em que vivemos, sob escombros
de um céu desmoronado em mil pequenos cacos
ainda luminosos, virtuais
estrelas que se apagam e acendem
à flor de todos os écrans
que os meus contemporâneos ligam e desligam
cada dia que passa, nunca se esquecendo
de carregar nas teclas necessárias
para a operação "save"
e assim alcançarem a eternidade.


Fernando Pinto do Amaral

sábado, 5 de dezembro de 2009

then the cloud will open for me

Esta música chegou a estar noites inteiras no repeat...
My guy is a tad transcontinental
But it keeps me enchained
Watch an old black and white movie
Fred and ginger are too sentimental, crying in shame
I don't want to be forgotten
I can't be alone
So don't you dare leave me
It's like coming home
To a skin that has died
Human voices like a drum
And they're looking right through me
Scatter the ashes one more time for me, one more time for me
My guy is a tad too ornamental
When he's frozen in space
Cut your eye far to me
A covered carcass is too elemental, caught underneath a subway
I don't want to be forgotten
I can't be alone
So don't you dare leave me
It's like coming home
It's a skin that has died
Human voices like a drum
And they're looking right through me
Scatter the ashes one more time for me, one more time for me
One more time for me, one more time for me
One more time for me, one more time for me
One more time for me, one more time for me
Trans-likened, twisting my ankle
Doing the grave dance
Narcotic? yes please, I'll have a sample
Riding on my very last chance
Then the clouds will open for me
Gonna meet my jesus christ
I see history playing before me
For pleasure and passion you play the price
Sadness the name of the spike that took me
I'll make that's all
Like some raging, hard, horny mephistopheles
Who came for my soul

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Modos de Constuir uma Personalidade

Modos de construir uma personalidade, ou os oito problemas principais:
Queremos simplificar-nos, ou diversificar-nos?
Queremos ser mais felizes, ou mais indiferentes à felicidade e à desgraça?
Queremos ficar mais satisfeitos connosco, ou mais exigentes e mais impiedosos?
Queremos tornar-nos mais amigáveis, mais indulgentes, mais humanos, ou mais desumanos?
Queremos ser mais prudentes, ou mais impulsivos?
Queremos atingir um fim, ou evitar todos os fins - como, por exemplo, faz o filósofo para o qual toda a espécie de fins tresanda, despropositadamente, a limites impostos, mesquinhez, prisão, toleima?
Queremos ser mais respeitados e mais importantes, ou mais desconsiderados?
Queremos tornar-nos tiranos, ou impostores? Pastores, ou carneiros?

Nietzsche