sábado, 21 de fevereiro de 2009

Miguel Torga

Agora que o silêncio é um mar sem ondas

È que nele posso navegar sem rumo

Não respondas

Às urgentes perguntas

Que te fiz.

Deixa-me ser feliz

Assim,

Já tão longe de ti, como de mim.

Perde-se a vida, a desejá-la tanto.

Só soubemos sofrer, enquanto

O nosso amorDurou.

Mas o tempo passou,

Há calmaria...

Não perturbes a paz que me foi dada.

Ouvir de novo a tua voz, seria

Matar a sede com água salgada.

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